03 fevereiro, 2009

O Veeeentoooo

Desta vez a inspiração chegou depois de termos lido e trabalhado o poema de Jorge Sousa Braga, “O vento”, editado em Herbário por Assírio e Alvim, em 2002:






O vento
Por mais que tente, o vento
Não consegue adormecer
Se não tiver nada para ler.
Seja uma folha de tília,
De bambu ou buganvília.



É por isso que o vent0
Arrasta folhas consigo,
Até encontrar um abrigo,
Onde possa adormecer.
Arrastou até a folha,
Onde eu estava a escrever!






Mas não só o vento veio acordar as musas... De outra obra trabalhada ("O Espantalho Enamorado") rebuscaram-se as palavras que mais encantaram ou impressionaram os alunos.

Com elas, e com o vento a favor, escreveram-se poemas.

E assim sairam as palavras, leves palavras trazidas pelo vento...





A nortada e a brisa


Por mais que tente, a nortada

não consegue sossegar.

Atrás dela, a brisa

corre para a abraçar.



Pela colina abaixo

Numa correria louca

Uma atrás da outra

deslizam sem parar.

E as nuvens a observar...




No alto da colina,

viram um caçador

disparando em seu redor

triunfante e confiante.

então começaram a soprar

até levar o caçador pelo ar...



Diogo, Duarte e Mariana Alves - 4º Ano






As asas do Amor


Por mais que tente, o caçador
não consegue encontrar
o seu amor,
se não tiver simpatia
ou bastante alegria.


É por isso que o caçador
envia ternas mensagens, que,
voando como asas,
alcançam outras paragens.


À espera ficou
de um desejo concretizar.
Para o céu olhou
e viu algo a esvoaçar.
_ Ah! Como é bom saber esperar...

Rafaela, Fátima, Alexandre B., RicardoF. - 4º ano





A nortada e a brisa


Passou um dia uma fria nortada,
quando a brisa resmungava:
_ Pára nortada! Não vês que estou zangada?
_ Desculpa leve brisa, não foi por mal.
Agora podes ficar em paz.
E a nortada foi embora
visitar a sua amiga Aurora.


Na nortada a brisa
não parou de pensar.
Por isso decidiu com ela falar.

Amigas sempre ficaram,
nunca mais resmungaram.


Para a brisa recompensar,
um cachecol a nortada lhe deu
para a abrigar...


Mariana L., Manuel, David, Ângelo - 4º ano




E como as palavras são como as cerejas... vão umas atrás das outras...




Um desejo


Um poema tem
asas para a imaginação
um desejo a brilhar
e muitos amigos
a brincar.

Um amigo apaixonado
e um autor feliz
a escrever este poema
com a ponta do giz...

Luísa C., Viktoriya Zyablenko, Telmo J.




O amor

O amor é feliz.

O amor é paz.
Tem asas que voam
pelo céu
como brisa
que passa por nós
com o desejo de abraçar.

Ai, que o amor anda
pelo ar...

Tiago, Tatiana, Ana


EBI de Santa Maria




1 comentário:

  1. Nós também trabalhámos o poema "O vento" e os nossos trabalhos estão no blog: carrosseldaspalavras.
    Foi um trabalho muito divertido e interessante.
    Um abraço!
    Os alunos do 4ºC do Fojo Moura

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