10 março, 2009

Teatro


Na sequência do Projecto de leitura sobre a obra “O Espantalho Enamorado” de Guido Visconti, os alunos organizaram-se em sete grupos e cada um deles transformou uma das partes do texto narrativo em texto dramático. Compilaram-se todas as partes e compôs-se o texto.
Fizeram-se os ensaios necessários, em sala de aula.
Depois apresentaram o teatro na Biblioteca da escola no âmbito da Semana da Leitura.

Texto Dramático
O Espantalho Enamorado

1ª Parte
Narrador
- Gustavo era um espantalho feliz.
Tinha muitos amigos entre os animais da vizinhança. E tinha amigos sobretudo entre os passarinhos, precisamente aqueles que devia espantar.
Passarinhos (chilreando) - Obrigado por nos deixares bicar as espigas.
Espantalho -(rindo-se) Bem eu peço-vos sempre qualquer coisa em troca não é?
Narrador - De facto, Gustavo confiava nos pássaros para levarem as suas ternas mensagens de amor a Amélia, a Menina – Espantalho que vivia no topo da colina.
Estava apaixonado por Amélia.
Sonhava com o dia em que ia poder abraçá-la.
Gustavo - Mas como?
Narrador- Apenas podia, quando a brisa soprava, acenar –lhe com a manga do casaco.
2ª-Parte
Narrador
–Quando chegou o Outono, contudo, Gustavo ficou triste.
As belas espigas douradas foram ceifadas e muitos dos seus amigos tiveram de partir.
Já não havia andorinhas a chilrear, mas sim corvos negros .
Embora também fosse amigo dos corvos, Gustavo não podia mandar mensagens de amor, através das suas vozes estridentes.
Além disso no Outono não soprava brisa.
Em seu lugar soprava uma fria nortada, por vezes tão forte que Gustavo temia que o seu chapéu lhe voasse da cabeça.
Gustavo (gritando)– Queres que a Amélia veja que sou careca?!
Nortada (assobiando) – Desculpa, vou-me embora.
Gustavo (gritando) – Não! Se te fores embora, vem o nevoeiro!
Narrador – Gustavo não gostava de nevoeiro, pois este impedia-o de ver Amélia.
3ª-parte
Narrador –Tinha de estar alerta para avistar os caçadores a tempo de avisar os amigos.
Gustavo (gritando) – Inimigo à vista!
Caçador (disparando) – Pum!
Codorniz (gemendo) - Aaaiii.
Caçador (resmungando e procurando) - Mas eu tenho a certeza que lhe acertei.
Narrador – Procurou durante um bom bocado. Da codorniz nem sinal
4ªParte
Narrador - O caçador sentiu calor e pôs o cachecol sobre as costas de Gustavo.
Caçador (resmungando) - Vê lá se não o deixas voar com este vento.
Espantalho (protestando)- Eu sou algum cabide?
Narrador - Mas parou de protestar assim que sentiu o calor do belo cachecol.
Espantalho(murmurando) - Já se foi. Estás ferida?
Codorniz - Só um bocadinho. Salvaste-me a vida. Como posso agradecer-te?
Gustavo (respondendo rápido) - Leva este cachecol à Amélia. Deve estar cheia de frio com aquela roupa levezinha.
Codorniz - Gustavo manda-te este presente. Está tão apaixonado. Qualquer dia casa contigo.
Amélia (suspirando) - Quem me dera!
Narrador – O caçador voltara com o saco a tiracolo cheio de caça e um sorriso triunfante no rosto.
Caçador ( gritando e retirando-lhe o casaco)– Em vez de ficares aí, devias ter evitado que o vento levasse o meu cachecol.
Gustavo - Oh, vou morrer de vergonha!
5ª Parte
Amigos (todos em coro) – Ai, assim vai morrer de frio.
Raposa (Lançando-se ao ataque) - Agora é a nossa vez de lhe salvar a vida .
Narrador – Fizeram cair o caçador. Para se defender arrancou o Gustavo do chão.
Amigos (mostrando as garras e os dentes verdadeiramente enfurecidos)- Assim já é demais!
Caçador (gritando em louca correria pela colina acima) – Acudam! Estou a ser atacado!
6ª Parte
Gustavo - Por favor só mais um bocadinho...
Estamos quase lá. Chegámos! Podem parar!
Caçador (suplicando)– Sim, parem! Eu devolvo-te o chapéu, mas diz aos teus amigos para me deixarem em paz.
Amigos – Porque é que estás contra nós? Já reparaste que encontrámos o teu cachecol?
Narrador – O caçador pegou no seu cachecol e virou costas, sem sequer lhes agradecer...
7ª Parte
Gustavo
(gaguejando) – Obrigado. Muito obrigado.
Narrador – Estava um pouco maltratado mas não sentia vergonha. Ele sentia uma enorme vontade de a abraçar.
E a nortada pôs-se a soprar, levantando a manga do casaco de Gustavo e pousando-a sobre os ombros de Amélia.
Nortada (assobiando)– Deixa-me ajudar-te!
Narrador – A lua branquinha velava pelos dois amantes!
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Turma 5, 3º ano - EBI de Santa Maria

3 comentários:

  1. Bonita peça de teatro,está muito bem feito!
    Parabéns vocês trabalharam muito bem.

    bjs.

    Da colega Mariana Brinca.

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  2. Parabêns... será que temos aqui futuros actores?
    Um trabalho muito bem feito.
    Gostei, adorei e amei!!!

    Jinhos do Carlos Vaz



    Do pai da colega Mariana Vaz

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  3. Parabéns...A vossa turma foi espectacular.
    Gostei muito do vosso trabalho.
    Força continuem...

    bjs

    Mãe do Gonçalo Carrasco

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